O presidente do Yacht Club de Ilhabela, José Yunes, foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (29/3). Aos 81 anos, o comodoro é ex-assessor e amigo pessoal do presidente da República Michel Temer.
Ele foi detido após deflagração da Operação Skala, que apura irregularidades no decreto dos portos em São Paulo e no Rio de Janeiro. A suspeita é de que agentes públicos teriam beneficiado empresas do setor portuário com a publicação de uma medida provisória. Os detalhes da investigação estão sendo tratados com sigilo pela Polícia Federal.
Conhecido por trocar uma mansão em Ilhabela, onde promovia festas para a alta sociedade, por um barco-pousada, Yunes teve a prisão decretada temporariamente, por cinco dias, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito. O suspeito permanece na sede da Superintendência da PF em São Paulo, no bairro da Lapa.
Em nota, o advogado de Yunes, José Luis Oliveira Lima, classificou a prisão como “inaceitável”. De acordo com ele, seu cliente estava colaborando com as investigações.
Tambem foram alvos da ação, os aliados de Temer coronel João Batista Lima Filho e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi. Além do empresário Antônio Celso Grecco, presidente do grupo Rodrimar, que atua no Porto de Santos. Outros 15 mandados ainda foram cumpridos na quinta.