O jornalista Fernando Gabeira, de 76 anos, esteve em São Sebastião para fazer a gravação de seu programa – exibido aos domingos às 18h30 no canal fechado Globo News – para falar do Refúgio de Alcatrazes, que a partir do próximo ano estará aberto à visitação turística. A gravação aconteceu no Observatório Ambiental, da Rua da Praia, e na Ilha de Alcatrazes na sexta-feira (6).
O jornalista, que também foi deputado federal pelo Rio de Janeiro no período de 1998 a 2010, disse estar muito satisfeito em saber que Alcatrazes será aberto à visitação de turistas. “Abrir a visitação de Alcatrazes é um ganho muito grande não só para a região, mas, para todo o Brasil já que será uma grande oportunidade para o conhecimento do público científico e para os interessados em meio ambiente que poderão conhecer um dos lugares mais bonitos do mundo”, disse.
Gabeira fez questão de ressaltar a diversidade de espécies e do meio ambiente que existe naquela região. “A visitação abre para a região, assim como aconteceu em Galápagos, um caminho muito grande para as pessoas que não só querem ver a beleza da natureza, mas, que querem ver a natureza em suas formas mais primitivas como era antes de ser tocada pelo homem. Acredito que dá aquela sensação de princípio do planeta”.
Em relação ao novo atrativo turístico para a cidade o jornalista disse que a conquista é um ganho para fomentar o turismo sustentável. “A medida que evolua os trabalhos de turismo para mergulho ou mesmo para o de observação de aves abre-se um campo enorme tendo em vista que você tem nichos de turismo que são interligados e de um modo geral um público que tende bastante a respeitar o meio ambiente” destacou.
Refúgio de Alcatrazes
A Reserva de Vida Silvestre de Alcatrazes fica a cerca de 20 quilômetros da costa de São Sebastião e a partir de janeiro de 2018 será aberto à visitação turística monitorada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Com grande potencial turístico Alcatrazes guarda ambientes naturais únicos no mundo e que continuarão a ser preservados. De acordo com o ICMBio já está em curso a licitação de 17 poitas para o Refúgio, que serão utilizadas para o turismo de mergulho e observação contemplativa.
Ainda de acordo com o Instituto as embarcações autorizadas a operar na região poderão apenas atracar nas referidas poitas. Serão disponibilizados 10 pontos para mergulho autônomo, sendo possível no máximo 20 mergulhadores em cada ponto de operação, havendo a obrigatoriedade de um condutor subaquático autorizado e capacitado pelo ICMBio Alcatrazes, a cada quatro mergulhadores. A exigência visa garantir tanto a segurança do mergulhador quanto a preservação da natureza.