Os vencedores do 40° salão de artes de Ilhabela foram revelados em um coquetel, nesta sexta-feira (25), no Centro Cultural da Vila. O grande troféu Waldemar Belisário foi para a obra Urbe XXV, de Omar dos Santos Filho e o artista recebeu uma premiação de R$ 4 mil.
Nestes 40 anos, mais uma vez, críticos de peso da arte contemporânea brasileira foram responsáveis pela escolha dos premiados. Oscar D´Ambrósio, Maria dos Anjos Abrantes e Carlos Augusto de Almeida decidiram os vencedores, entre quase 300 obras inscritas, nas categorias: pintura, escultura, fotografia, desenho, instalação, gravura, técnica mista e pintura infantil. Os prêmios chegam a R$ 1,7 mil por categoria.
As obras premiadas, juntamente com peças que receberam menções honrosas deliberadas pelo júri, ficam em cartaz até o dia 30 de setembro, com entrada gratuita. O salão de artes é promovido pela prefeitura da cidade por meio da Secretaria da Cultura e da Fundação de Arte e Cultura (Fundaci).
Premiação completa
Pintura:
Medalha de Ouro para a Obra Algum Lugar no Passado de Maria Celeste de Souza Barbosa; medalha de Prata para a Obra Abstrato Horizontes de Fernando Feierabend; medalha de Bronze para a Obra Soul Star II de Maria Iolanda dos Santos Marques Cimino;
Escultura:
Medalha de Ouro para a Obra Remadores de Fernando Nacarato; medalha de Prata para a Obra Cottoco de Alexandre Bona; medalha de Bronze para a Obra “Ainda há Canoas?” de Licida Carolina Negro Vidal;
Técnica Mista:
Medalha de Ouro para a Obra Casário Amazônico de Jorge Luiz Mendes; medalha de Prata para a Obra “Dos Caminhos I” de Katia Guimarães Zirnberger; medalha de Bronze para a Obra Interestelar de Monica Ferreira de Morais Siqueira;
Instalação:
Medalha de Ouro para a Obra Conecte-se de Fatima Lais Figueiredo; medalha de Prata para a Obra A Bola de Natalia da Silva Caseiro; medalha de Bronze para a Obra Ella de Fátima Lais Figueiredo;
Desenho:
Medalha de Ouro para a Obra O Amor no Tempo do Cólera de Marcio de Andrade Pannunzio; medalha de Prata para a Obra Amor no Tempo do Cólera de Marcio de Andrade Pannunzio; medalha de Bronze para a Obra, Príncipe de Astúrias de Gilvani de Almeida;
Fotografia:
Medalha de Ouro para Obra A Pesca na Ilha de Rita Caruzzo; medalha de Prata para Cisne Branco de Marco Antônio Yamim; medalha de Bronze para a Obra “Mozaico Arboreo” de Edson dos Santos.
Gravura:
Medalha de Ouro para Obra Urbe XXV de Omar dos Santos Filho; medalha de Prata para Retrato Impertinentes de Marcio de Andrade Pannunzio; Medalha de Bronze para a Retrato Impertinentes de Marcio de Andrade Pannunzio.
Pintura Infantil:
Medalha de Ouro para Obra Sem título de Nôa Ferreira Tietzmann; medalha de Prata para Obra Paisagem de Bruno Joaquin; medalha de Bronze para a Bailarina, de Renata Oliveira.
Waldemar Belisário
Além da competição, a exposição conta com uma sala exclusiva para as obras originais do artista Waldemar Belisário, que dá nome ao evento. O local está recheado com histórias de sua vida, contadas através da natureza e das artes.
Descendente de italianos, Waldemar Belisário foi uma figura além de seu tempo. O pintor escolheu Ilhabela como casa no ano de 1929, onde dedicou a vida à arte e educação. Irmão de consideração de Tarsila do Amaral, Waldemar esteve inserido no mundo das artes desde criança e levou o nome e os belos cenários do arquipélago para a rota artística nacional e internacional, através de suas pinturas.
Casou-se na ilha e com sua esposa, Celina Guimarães, passou a estimular o desenvolvimento da educação e a vocação artística dos caiçaras. Refugiados na Bahia de Castelhanos, o casal viabilizou diversos projetos educacionais junto a comunidade local, inclusive a casa dos artistas serviu de escola para a população, na época. Em 1968, ele começou o projeto do primeiro salão de artes da cidade, que após a morte do pintor, em 1983, ganhou o nome Waldemar Belisário, em sua homenagem.