Fauna silvestre recebe cuidados que incluem identificação e acompanhamento
Suçuarana filmada durante monitoramento (Foto: Reprodução) |
Elegante e imponente, a suçuarana (onça parda) faz seu passeio noturno e, por alguns segundos, desfila diante da câmera instalada em área de obra da Nova Tamoios Contornos, empreendimento gerenciado pela Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A no Litoral Norte.
Segundo maior felino das Américas (fica atrás apenas da onça pintada), o animal de grande porte tem seus passos atentamente acompanhados pelos biólogos do Subprograma de Monitoramento de Fauna da Companhia.
A ação, que visa identificar comportamentos de várias espécies, é executada durante todo o período de instalação do empreendimento. O objetivo é avaliar as condições da fauna silvestre e fazer uma estimativa segura sobre os impactos das obras e as alternativas para minimizá-los, preservando a vida na natureza.
A ação, que visa identificar comportamentos de várias espécies, é executada durante todo o período de instalação do empreendimento. O objetivo é avaliar as condições da fauna silvestre e fazer uma estimativa segura sobre os impactos das obras e as alternativas para minimizá-los, preservando a vida na natureza.
O trabalho inclui o monitoramento específico de vários grupos de fauna, como mamíferos de pequeno, médio e grande porte, morcegos, aves, répteis, anfíbios e peixes, entre outros. A adoção do subprograma justificou-se diante da grande diversidade da fauna na região.
De acordo com a Dersa, antes mesmo do início das obras equipes já iniciaram a investigação sobre o comportamento animal. No decorrer das várias etapas das obras, os biólogos verificam a ocorrência de possíveis alterações populacionais, comportamentais e reprodutivas nos diferentes grupos de fauna.
As espécies presentes nas áreas de influência das obras são identificadas, o que permite ampliar o conhecimento sobre suas comunidades. São selecionados locais específicos próximos do traçado do empreendimento. As campanhas são realizadas em períodos quadrimestrais.
Para capturar ou registar os animais, são utilizadas armadilhas seguras e recomendadas para esse tipo de ação, redes, câmeras com sensores, parcelas de areia para identificação de pegadas, entre outros equipamentos que propiciam a identificação e, quando possível, a marcação dos espécimes.
Diagnóstico
Conforme a Dersa, o monitoramento de fauna é importante também para estabelecer parâmetros e avaliar espécies sensíveis que possam indicar o grau de alterações ambientais ocorridas nas diferentes áreas durante as fases de construção e operação do empreendimento.
Além disso, identifica ações de caça silvestre nos pontos monitorados, gera base de dados para comparações de longo prazo e permite fundamentar propostas de ações e medidas visando controlar e manter em boas condições o habitat natural das espécies localizadas.
As câmeras com sensores, chamadas de câmeras trap, são amplamente utilizadas pelas equipes que atuam nas atividades de monitoramento e levantamento de fauna. Modernos e de ótima resolução, os equipamentos não são invasivos e colaboram nos registros da fauna estudada.
No monitoramento realizado em novembro passado, as filmagens identificaram, entre outros animais, um veado-catingueiro, cervídeo nativo da Mata Atlântica; uma anta, que é o maior mamífero terrestre do Brasil e necessita de áreas amplas e preservadas; e a suçuarana, grande carnívoro caçador de animais como antas e veados.
“Os registros comprovam a boa qualidade ambiental na região, mostrando animais que compõem a delicada estrutura da cadeia alimentar da natureza. Também demonstram que até o momento a implantação das obras não afetou a fauna da região estudada”, informa a responsável pelo empreendimento.
Veja vídeo de monitoramento que mostra um veado, uma anta e uma onça parda: