Mortos da Marinha na 2ª Guerra recebem homenagem em São Sebastião

Pela primeira vez a cerimônia foi realizada no Litoral Norte
e deve entrar para calendário
Homenagem inédita foi realizada em S.Sebastião (Foto: Alexander Cesar/NI)

Por Mara Cirino

O toque da marcha fúnebre e flores jogadas ao mar. Estes
foram os principais atos de uma cerimônia realizada na terça-feira (21), a
bordo do Navio-Patrulha Macaé, no Canal de São Sebastião, que teve como foco
homenagear os militares da Marinha do Brasil mortos durante a 2ª Guerra
Mundial. Pela primeira vez ela foi realizada no Litoral Norte.

Em nota, a Marinha reconhece 
a dívida de gratidão com as tripulações do cruzador Bahia,  a corveta Camaquã e a embarcação Vital de
Oliveira, abatidos em combate e que levaram 486 homens com eles.

Ainda conforme a Marinha, em 1939 o órgão ainda não se
encontrava preparado par a execução da guerra anti-submarina em proteção dos
navios mercantes brasileiros, período que se manteve neutro durante a guerra.

Mas após 18 navios mercadores terem sido torpedeados em 31
de agosto de 1942, o Brasil abandonou o estado de neutralidade e entrou
oficialmente no conflito. Foi neste período que as embarcações foram atacadas.

Como números da guerra, foram 575 comboios nos quais 3.164
navios mercantes foram acompanhados e 1.468 vítimas contabilizadas.
O comandante da Delegacia da Capitania dos Portos de São
Sebastião, capitão de fragata Marcelo Sá, destacou, em seu discurso,
que esses militares morrem em guerra com o sentimento de dever cumprido.

Ele disse ainda que decidiu trazer a homenagem para a sede
da delegacia como forma de homenagear os que se foram e aos seus familiares “que
sabem como todos foram importantes para o país”.

O veterano Eduardo Marquini no ato de jogar flores ao mar (Foto: Mara Cirino)
O presidente da Associação dos Veterano do Corpo de Fuzileiros
Navais, Eduardo Donizeti Marquini, veio de São Paulo para fazer a homenagem de
entrega das flores ao mar. Para ele, este é um momento de pensar mais nas
consequências dos nossos atos e nos que tombaram pela democracia no mundo”.

 “Eu me solidarizo com
esses heróis de nosso passado e que contribuíram para fortalecer a estrutura
democrática no país. É preciso lembrar e honrar também seus familiares que
perderam entes queridos na guerra”, disse o prefeito Ernane Primazzi que
participou da cerimônia junto com o seu assessor de Gabinete, Marco Antonio de Souza
e o vereador Marcos Tenório.

O ato religioso foi conduzido pelo padre Elimar de Azevedo
Ferreira, pároco da Igreja Matriz de São Sebastião, que também lembrou os
familiares dos militares que acabam indo com eles para a batalha, mesmo que não
pessoalmente.

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