Reviravolta I
A notícia da vitória no Tribunal do Justiça do Estado de São Paulo do ex-prefeito José Pereira de Aguilar (PMDB) e o anúncio da sua pré-candidatura em 2016 caiu como uma bomba na política local. Como muitos já não contavam com ele no pleito as estratégias devem ser mudar.
Reviravolta II
Já tem vereador de cabelo em pé, principalmente aqueles que votaram contra as contas de Aguilar na Câmara. A força que Aguilar ainda tem na política local é notória. Exemplo disso é que, em 2012, mesmo entrando na disputa aos 45 minutos do segundo tempo, ele ainda obteve 15.970 votos, quase 30% dos votos válidos.
Reviravolta III
A participação de Aguilar nas próximas eleições pode mudar até os planos do atual prefeito Antonio Carlos da Silva (PSDB), que via a possibilidade de eleger seu sucessor. Agora, mais do que nunca, se quiser manter parte do seu grupo no poder, o atual alcaide terá que escolher um nome bom de voto. Essa lógica tira alguns nomes da disputa, mas coloca alguns outros em maior evidência, como José Mendes de Souza Neto, o Neto Bota (PSDB), e Aurimar Mansano (PTB).
Reviravolta IV
A campanha eleitoral em São Sebastião pode ser afetada. Antônio Carlos teria como estratégia percorrer a cidade vizinha e participar dos comícios do seu genro Felipe Augusto, virtual candidato tucano em 2016 em São Sebastião. Mas com o ressurgimento de Aguilar em Caraguá, Antônio Carlos pode mirar o foco e concentração dos trabalhos na cidade em que administra.
Polêmica
Em São Sebastião, corre a boca miúda que os políticos do atual governo, bem como vereadores não estariam enxergando com bons olhos o projeto de lei, de autoria do vereador Gleivison Gaspar, o Professor Gleivison (PMDB), que cria a Ficha Limpa Municipal. Haveria até uma pressão de grupos fechados para a eleição de 2016. A sinuca de bico agora é a seguinte: se retirar o projeto, Gleivison pode ficar mal com a população e a opinião pública, mas, se for a plenário e rejeitado, os holofotes negativos serão para aqueles que votarem contra.
Pressão
Por falar em pressão, quem estaria na mira de servidores e dos comissionados demitidos é o presidente da Câmara de São Sebastião, Luiz Antônio de Santana Barroso, o Coringa (PSD). Primeiro ele resolveu enxugar os gastos com folha de pagamento demitindo 49 comissionados. Agora, em agosto, será a vez de reajustar os supersalários de alguns efetivos. No consenso da opinião pública, Coringa está agindo certo, mas tem funcionário já fazendo corpo mole e até protocolando por escrito que vai cumprir horário conforme estava no edital em que foi aprovado.
Obra?
Circula no Facebook que um novo empreendimento estaria sendo erguido pelo Morro da Prainha, um dos locais mais visitados em Caraguá. Rapidamente a prefeitura tratou de se manifestar informando que trata-se de um trabalho de contenção da encosta, em função das chuvas ocorridas em 2006 e 2007 e que provocaram erosão e fissura no local. Como o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) emitiu relatório apontando a área com risco iminente de queda de barreira, a prefeitura está retirando do local 800 metros cúbicos de terra.
Marrocos e Brasil
O arquipélago de Ilhabela recebeu o embaixador do Reino de Marrocos, Larbi Moukhariq, no último final de semana. Além de aproveitar as praias e os restaurantes da cidade, o diplomata se reuniu com o prefeito, Antônio Colucci, que garantiu que a organização da cidade foi elogiada pelo embaixador. O prefeito disse ainda que pretende iniciar uma parceria “muito promissora” com o Marrocos.
Ônibus a R$ 1
O vereador Adilton Ribeiro queria que a passagem de ônibus em Ilhabela custasse R$ 1 todos os dias. Ele até fez um documento indicando a ideia ao Executivo, porém o projeto foi retirado de última hora. A matéria ainda estava inclusa nos autos da sessão ordinária da última semana, mas Adilton mudou de ideia e o material não foi apresentado. Hoje, a passagem de ônibus custa R$ 1 aos domingos e feriados na cidade.
Birdwatching em terra de caçador I
Todos conhecem a tradição caiçara da caça, especialmente nas comunidades onde o acesso ao alimento é restrito. Nesses locais, ainda é comum ver crianças mirando seus estilingues em aves raras. Porém, há alguns anos, os impactos negativos desse hábito começaram a aparecer e ambientalistas e prefeitura se uniram para realizar ações de conscientização, além de promover o birdwhatching, ou observação de pássaros.
Birdwatching em terra de caçador II
Apesar da acusação de caça ilegal direcionada ao secretário de serviços municipais, Valdir Veríssimo, no final do ano passado, a prefeitura está realizando ações contra a prática. Alunos de uma escola municipal assistiram uma palestra
com o tema “birdwatching”, realizada por Octavio Salles, fotógrafo especializado no tema. As crianças também ouviram a respeito de espécies encontradas no freezer do secretário, como a jacutinga, e saíram a campo para que pudessem experimentar o birdwatching.
Birdwatching em terra de caçador III
A observação de aves também já teve seu potencial econômico analisado pela prefeitura. Segundo a gestão, a atividade possui grande potencial para movimentar a economia do município, já que o turista adepto dessa atividade geralmente possui bom poder aquisitivo e costuma permanecer no destino por um período maior que um turista convencional, além disso, está disposto a viajar grandes distâncias para encontrar espécies de seu interesse – o que torna esse segmento estratégico para a redução dos efeitos da sazonalidade.
Fogo na Câmara
Depois da polêmica bacalhoada, a bola da vez agora na Câmara Municipal de Ilhabela é a possível chegada de Cleison Guarubela ao Legislativo. O suplente, que preside o PRB no arquipélago, estaria muito afinado com Cezar De Tullio, o que estaria desagradando Colucci. Para reverter a situação, a proposta seria juntá-lo ao grupo, dando uma ocupação para o também suplente Nagib do Calçamento na prefeitura, e deixando a cadeira do Legislativo para Guarubela.
Fogo na Câmara II
A notícia caiu como uma bomba no Legislativo ilhéu e já teria vereador da base fazendo bico. A vinda de Cleison Guarubela para o Legislativo seria apenas por seis meses, pois Valdir Veríssimo, titular da cadeira, deve voltar no início do ano que vem. Mas de qualquer forma, abalaria as estruturas da Câmara, pois ele vem batendo na trave há pelo menos duas eleições. Se mostrar trabalho na Casa, facilitaria sua eleição, mas deixaria abalada a base eleitoral de outros candidatos que já possuem mais de um mandato.