Servidores rejeitam reajuste de 6,28% e mantêm paralisação

O sindicato pedia 23,63% de reajuste, aumento do vale refeição de R$ 16 para R$ 25 

(Foto:Mara Cirino/NI)



Por Acácio Gomes


Cerca de 200 servidores de São Sebastião decidiram
na manhã deste sábado (16) rejeitar a proposta da Prefeitura de reajuste de
6,28% para a categoria. Com isso, a paralisação está mantida para terça-feira (19),
a partir das 7h em frente ao Paço Municipal.



Em documento enviado ao Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de São Sebastião (Sindserv), o secretário de Administração,
Reinaldo Luiz Figueiredo, propõe, além do 6,28%, um aumento no vale alimentação
de R$ 180 para R$ 240. Ele também se comprometeu que, ao final do processo
judicial sobre o IPTU da Petrobras, abriria nova discussão para dar mais 8,13%.



Por unanimidade, os servidores decidiram não
aceitar os percentuais e confirmaram a paralisação. Entre os servidores estavam
médicos, professores, guarda civis, trabalhadores braçais e também aposentados.



O sindicato pedia 23,63% de reajuste (8,13% de
2014, 7,5% de 2015 e 8% de aumento real), além do reajuste do vale refeição de
R$ 16 para R$ 25 e do vale alimentação, passando de R$ 180 para R$ 250.



Segundo a presidente do
Sindserv, Audrei Guatura, mesmo com a tentativa de esvaziamento da assembleia
com a convocação de trabalhadores braçais para serviços na cidade, a reunião
foi histórica.



“Só vemos essa grande
quantidade de servidores em eleição do sindicato. O servidor está mobilizado e
entendendo a importância de participar. A proposta é absurda e não reflete nem
a inflação do ano passado com as devidas correções. Vamos paralisar e se não
houver acordo caminharemos para a greve”, disse a presidente.



Ela se mostrou favorável
ao corte de comissionados caso a Prefeitura não tenha como dar o reajuste. “Tem
que cortar aquele comissionado que não trabalha e nem aparece na Prefeitura.
Esses ganham salários altíssimos”.



Sobre a paralisação, o
advogado do Sindserv, Ricardo Harada, comentou que todas as providências legais
para o movimento estão sendo tomadas.



“A paralisação é um
direito constitucional de qualquer servidor, quando está em jogo interesses da
categoria. Já protocolamos na última quinta-feira um documento na Prefeitura
informando que podemos deflagrar a paralisação”.



Harada reforçou ainda o
receio do trabalhador de participar da paralisação. “Neste dia (terça) os
servidores só não podem bater o ponto. Estamos preparados para defender quem sofrer
retaliação por parte do governo”.



Da Câmara de São
Sebastião, apenas o vereador Gleivison Gaspar, o Professor Gleivison (PMDB), que
também é servidor, participou da assembleia. “O servidor não pode sucumbir a
nenhuma administração. O prefeito tem que buscar meios para atender a categoria”.



Proposta


Mesmo rejeitada na
assembleia da categoria, a proposta oficial da Prefeitura de São Sebastião deve
ser encaminhada à Câmara para votação em regime de urgência na sessão de
terça-feira (19).



O prefeito de São
Sebastião, Ernane Primazzi (PSC), convocou uma reunião nesta segunda-feira (18)
com os vereadores para explicar o projeto e a situação financeira do município.

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