Pesquisadores de São Sebastiao fizeram novas descobertas dentro do Sítio Arqueológico de São Francisco. Por meio do uso de tecnologias avançadas de sensoriamento remoto que utiliza luz laser para mapear a superfície terrestre, as equipes puderam visualizar vestígios de antigos assentamentos, caminhos, estradas e aquedutos que até então eram desconhecidos pela ciência.
Para divulgar descobertas, a Prefeitura de São Sebastião e a equipe de pesquisa preparam uma apresentação aberta ao público, no Espaço Cultural Batuíra, na próxima quinta-feira (16) , às 17h. O evento incluirá uma exposição dos resultados obtidos com as tecnologias, além de debates sobre a importância da preservação do patrimônio arqueológico da região.
Pesquisas no sítio
O projeto, realizado pela Origem Arqueologia (Cetarp) e Prime As Built, em colaboração com a prefeitura, através da Secretaria de Turismo (Setur) e da Fundass, revelou detalhes de estruturas que permaneciam escondidas sob a vegetação densa da área. Com a tecnologia Lidar, pulsos de laser foram disparados para criar mapas tridimensionais precisos, removendo digitalmente a copa das árvores e permitindo a visualização.
A experiência, pioneira no Brasil, já foi aplicada em regiões da Amazônia e na identificação de sítios históricos no Amapá. Em São Sebastião, foi possível descobrir e documentar elementos arqueológicos sem a necessidade de escavações invasivas, acelerando o processo de pesquisa e contribuindo para ações de preservação e musealização do patrimônio local.
Além do Lidar, a parceria também utilizou o Laser Scanner, tecnologia de digitalização 3D de alta resolução, que permite criar modelos digitais detalhados das estruturas remanescentes. Este recurso, utilizado em locais como Machu Picchu e Pompeia, é fundamental para a conservação, restauração e educação patrimonial, permitindo estudos aprofundados sem afetar as áreas.