Os trabalhadores portuários da Companhia Docas de São Sebastião decretaram greve, nesta quarta-feira (26), por reajuste de salários. A previsão é que a paralisação dure, pelo menos, 48 horas.
De acordo com o Sindicato dos Portuários (Sindaport), a data-base para reajuste no pagamento da categoria foi dia 1º de maio e dois ofícios foram enviados ao presidente da Cia Docas, Paulo Tsutomu Oda. Porém, até o momento não houve acordo sobre as reivindicações dos trabalhadores.
O sindicato assegurou que, antes da categoria decretar greve, buscou todas as formas para viabilizar a renovação do acordo coletivo de trabalho. A decisão pela paralisação das atividades foi votada em assembleia com os trabalhadores do Porto de São Sebastião.
Reivindicações dos portuários
Os funcionários da Cia Docas reivindicam o reconhecimento da garantia da data-base; a manutenção das cláusulas do acordo coletivo de trabalho (2015-2016) e o reajuste salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com reflexo sobre todos as cláusulas econômicas e sociais.
Eles pleiteiam ainda produtividade de 10% sobre salário reajustado; gatilho salarial quando a inflação atingir 8%; vale-refeição e vale-alimentação, com desconto simbólico de 1%, onde os valores serão reajustados conforme o acordo coletivo de trabalho, do ano anterior, aguardando decisão, com reflexos consecutivos, ano sobre ano, e retroativo.
Além disso, a validade do acordo deve ser no período de dois anos (2021-2023), com revisão das cláusulas econômicas em 2022. Os portuários solicitam ainda a inclusão do auxílio educação para dependentes até 18 anos e auxílio-creche e o fornecimento de transporte para perícias médicas previdenciárias, quando for realizada fora do domicílio da empresa.