O borracheiro Sidnei de Jesus foi encontrado morto, neste sábado (14), no canteiro de obras do Contorno Sul no bairro Pegorelly, região sul de Caraguatatuba. Em 2000, Sidnei estuprou e arrancou as vísceras da balconista Laura Pontes, então com 18 anos.
O corpo dele foi encontrado com as pernas e braços amarrados e a boca amordaçada por fita crepe. A suspeita é que tenha sido torturado.
A morte da jovem há 18 anos aconteceu quando ela voltava para casa, no bairro Morro do Algodão, região sul, após ter trabalhado todo o domingo no Mc Donald´s. Ela estava a 80 metros de sua casa quando foi atacada.
Informações iniciais dão conta de que Sidnei teria sido pego por criminosos na noite de quinta-feira (12) nas casinhas populares do Getuba, na região sul de Caraguá, e seu corpo foi achado no outro extremo da cidade. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o crime.
Crueldade
A jovem Laura Pontes teria sido abordada pelo borracheiro Sidnei de Jesus que estava em um bar nas proximidades e teria seguido a balconista. Na ocasião, ele disse à polícia que teria ficado revoltado porque a menina não lhe deu atenção. Assim teria agredido a balconista e a levado até o córrego, onde teria cometido o estupro e arrancado suas vísceras.
A autópsia aponta que a jovem estava viva quando ele cometeu o estupro e que ela morreu afogada no córrego. Na época, uma das vizinhas da balconista disse ter certeza de que o acusado apareceu no local do crime, enquanto o corpo estava sendo retirado de dentro do córrego da travessa Maria Borges de Miranda.
Na ocasião, o crime teve a maior repercussão em Caraguatatuba devido aos requintes de crueldades praticado pelo assassino, que chegou a ser condenado a 28 anos de cadeia pelo crime, cumpriu pena em presídio no Vale do Paraíba e desde 2016 estava em liberdade condicional. Na época do crime, ele tinha acabado de ser pai e morava no Jaraguazinho.
Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Caraguá, a balconista estava com hematomas no rosto, a boca cortada, marcas de mordidas no seio esquerdo e teve as vísceras arrancadas.
O laudo também aponta que o assassino retirou, com a própria mão, o intestino e parte de outros órgãos da vítima. Isso teria causado uma forte hemorragia na balconista, que acabou morrendo afogada no córrego onde seu corpo foi jogado. No local, a polícia encontrou pedaços de vísceras.
“Em seis anos de trabalho nunca havia presenciado uma barbárie semelhante”, disse na ocasião o agente funerário Edson Eduardo Rodrigues.
Agora, a Polícia Civil de Caraguá investiga a morte do assassino de Laura Pontes.