A técnica de enfermagem, Maria Vanda Tavares, de 50 anos, fez um pedido formal para ser demitida do Hospital das Clínicas de São Sebastião, onde trabalha há 14 anos. Ela alega sofrer perseguição política e afirma que foi coagida após declarar apoio ao candidato a prefeito de oposição, professor Gleivison (MDB).
“Me disseram que corro o risco de ser prejudicada por ter postado nas redes sociais minha escolha política”, diz.
A funcionária enfrenta um problema de saúde que causa dores e fraqueza no corpo. Por causa disso, sente que não tem condições de continuar trabalhando no hospital. “Uma vez, enquanto trabalhava, passei mal e desmaiei em cima de um paciente”, contou a técnica de enfermagem.
A medicina não trata seu problema de saúde como grave, por isso, Vanda se vê obrigada a continuar. O acordo de demissão não chegou a um consenso entre ambas as partes.
Durante uma conversa para tentar alinhar a situação, sua superior teria dito que ninguém tem culpa da situação que ela está enfrentando.
Para Vanda isso foi falta de empatia e descaso. “Trabalhamos em condições complicadas aqui no hospital e eu nunca fui de faltar ou reclamar. Estou chateada com a forma como me trataram”, afirmou.
Ela ainda delatou a problemática nos serviços prestados, como a falta de equipamentos e funcionários, e a ala cirúrgica, que está atendendo com apenas uma furadeira cirúrgica. “Se acontecer de chegar dois casos de fratura grave como vamos fazer?”, questiona.
A técnica de enfermagem espera que seus direitos sejam assegurados acima de tudo e aguarda uma resposta do hospital sobre seu caso.
A equipe do jornal Nova Imprensa entrou em contato com a Prefeitura de São Sebastião para entender o posicionamento sobre o caso, mas não recebeu nenhum retorno.